A sociedade brasileira está chocada com o assassinato dos pais de Suzane Richthofen, planejado por ela, o namorado e o irmão dele. E embora que seja um fato isolado, vale a pena refletir sobre relacionamento pais e filhos. Aconteceu o seguinte: Suzane estava namorando um rapaz que estava desempregado, sem estudar e usava drogas, seu irmão era também usuário; seus pais estavam dificultando o relacionamento e vendo seu desejo boicotado por eles, sem saber lidar com a frustração e limites, planejou assassinar os pais com a ajuda do namorado e do irmão dele. Estudiosos do comportamento humano e jornalistas escreveram fartamente sobre o acontecido, joga-sea culpa nos pais pela dificuldade de colocar limites e quase que isenta de responsabilidade a filha por ter sido frustrada na tentativa de dar continuidade ao namoro com a aprovação dos pais, e por isto ter planejado com dois meses de antecedência o assassinato dos pais.
Dei certa vez uma palestra para pais de crianças sobre: “Limites e amor na educação dos filhos.” Quando concluí, um pai perguntou-me: “Como um psicólogo está falando em limites?” Disse-lhe que trabalhar comportamento sem tratar de limites seria muito difícil ou quase impossível. Na verdade espalhou-se na sociedade uma falsa idéia de que seria possível criar filhos sem dar limites é amor, e creio que isto, associado aos desenhos, filmes e videogames de violência, além de um consumismo exagerado, para cobrir a dificuldade dos pais de dialogarem com os filhos, certamente criou-se este quadro caótico atual. Por outro lado, pais adultecentes (adultos e adolescentes), que parecem disputar com os filhos, o modo de ser e ter comportamentos inadequados, assim como fuga no trabalho, forma-se com tudo isto, uma família sem conexão, diálogo e capacidade de ser solidária. É hora de rever conceitos de família, resgatando respeito, valorização, compreensão e comunicação assertiva ou seja com afeto e amor. Vale lembrar um mandamento bíblico de honrar pai e mãe, para viver bem e prolongar os dias na terra. E também aos pais buscarem na Bíblia, palavras de sabedoria de como criar filhos saudáveis e solidários.
Mas, algumas coisas mais profundas estão acontecendo na sociedade para tanta demonstração de violência. Vemos por exemplo o fenômeno das drogas, agora sendo combatido pelas autoridades quando os traficantes tem “sócios”, entre alguns do poder judiciário, executivo e legislativo, a CPI do narcotráfico dá provas disto. As faltas de educação domésticas, sociais, culturais e religiosas, dos filhos, fazem com que eles sejam “educados”, pelos meios de comunicação, vídeogames de lutas, etc. A chamada “geração instantânea e descartável”, faz com que a satisfação do prazer e do desejo seja para ontem. Filhos que não querem crescer e assumir responsabilidades. A luta para dar uma condição de vida melhor para os filhos faz com que não se tenha uma presença de qualidade e perca-se a comunicação mais profunda, direta e saudável na família. Deus pede que os pais orientem os filhos a viverem solidariamente com os conselhos da Palavra de Deus. A sociedade de modo geral renega os princípios bíblicos e assim dificulta os relacionamentos na família, indo de acordo com o modismo de comunicação que a mídia recomenda ou um escritor famoso. Deus nos criou e Ele sabe o que é melhor para pais e filhos. Leiamos a Bíblia a aprendamos a viver sabiamente.