Vamos, Paulinho. Você vai chegar atrasado!

Já vou – tomando o cereal tranquilamente.

Paulinho, você me dá nos nervos. Vamos, você vai perder a primeira aula outra vez.

Estou indo, grita ele enquanto procura seu livro e o material para a aula de educação física

Paulinho, a van já passou, agora vou ter que levar você até a escola. Você vai me atrasar para o trabalho de novo.

Já estou quase pronto, só mais um pouquinho – tranquilamente ele escova os dentes e penteia o cabelo.

Paulinho, eu vou embora e você vai de taxi. Eu não posso mais esperar. Tome o dinheiro!

A mãe do paulinho sai toda atrapalhada, atrasada, frustrada e enfurecida pela porta. Ela sai cantando os pneus do carro enquanto Paulinho calmamente pega o telefone e chama o taxi, enquanto dá uma olhada na TV.

Soa familiar? Você já viu isso acontecendo em alguma casa? A falta de rotina e normas básicas faz com que esta mãe diariamente passe por este ritual frustrante. O que faltou para Paulinho e sua mãe? Ele não se sente responsável pelo horário e ela está sempre resolvendo para ele o problema do horário. Primeiro, estimulando-o com gritos e depois pagando o taxi. Porque ele deveria se apressar se já sabe que iria de taxi para a escola?

A vida para os dois seria bem mais gratificante se a mãe conversasse com Paulinho estabelecendo uma rotina com normas bem simples a serem seguidas.Um exemplo de conversa seria:

É essencial que ao estabelecer normas simples como esta você cumpra o prometido. Quando ele aprontar-se a tempo elogie a mudança de comportamento e quando ele atrasar-se coloque o relógio para quinze minutos mais cedo, relembrando que no outro dia ele poderá acordar mais tarde se estiver pronto no horário. Toda a família precisa de uma rotina e segurança que algumas normas produzem.

Este mesmo critério pode ser aplicado com aquela criança que sempre retarda o banhar-se e ir prá cama. Coloque o despertador, dando meia hora para o banho, e deixe a criança administrar o tempo. Se o despertador tocar e ela não estiver pronta no dia seguinte, comece o processo meia hora mais cedo. A criança não faz a lição de casa? Estabeleça normas que orientem quando vai poder brincar ou ver TV.

O que realmente é muito importante é o estabelecimento de algumas normas básicas, explicá-las com clareza e supervisionar o seu cumprimento.

Embora cada família seja formada por pessoas diferentes, relacionei abaixo algumas normas que eu e minha esposa adotamos e que nos ajudam até hoje:

• Nunca comparar o rendimento escolar dos filhos. Cada um deles é único e especial à sua maneira. Deus os fez assim.
• Não criticar os professores e a escola na frente dos filhos. Procure sempre mostrar o lado positivo da escola. Se existe alguma crítica que deva ser feita, procure a direção da escola. O rendimento escolar de nossos filhos é influenciado pelo que eles sentem por sua escola e professores. Ajude-os a ter orgulho de sua escola.
• Não assumir o lugar dos filhos na escola. Implicações: não fazer a lição por ele, não estudar para a prova e sim tomar o ponto. Acompanhar sua lições, conversar sobre os professores, colegar e sobre os seus sentimentos.

Para os nossos filhos, adotamos estas normas com relação à vida escolar:

• Responsabilidade antes da diversão. Brincar só após estudar.
• Preparar uniforme e material escolar à noite antes de dormir.
• Falar sempre a verdade, por mais vergonhosa que ela seja. A primeira versão de qualquer acontecimento queremos ouvir de nossos filhos e não de terceiros.

Criar filhos é uma privilégio dado por Deus. Tê-los na escola é oportunidade especial que deve ser muito bem aproveitada. Estabelecer novas normas e supervisioná-las é responsabilidade dos pais. Disciplinar os filhos é a única maneira de prepará-los para a vida.

A Bíblia fala muito sobre este assunto:

Você está preparando os seus filhos para vida?

Deus nos abençoe nesta tarefa tão desafiadora e tão gratificante!