Era véspera do dia do trabalho.

Ele chegou frustrado em casa. Havia passado mais uma semana intensa de trabalho, mas lhe parecia que a vida estava passando e que não fazia muito sentido quando equacionada sob a máxima “trabalhar-possuir-ser alguém”. O fato de ter as coisas não traz satisfação verdadeira, “senão tantos ricaços não estariam tirando a própria vida ou tentando modificar-se de fora para dentro sem sucesso…”, pensou ele. Debaixo do chuveiro considerou: “Preciso encontrar essa resposta.” Foi quando entrou no quarto que lembrou-se de um presente recebido de seus pais há muito tempo atrás. Mais que depressa retirou da gaveta um empoeirado exemplar da Bíblia. Ainda estava lá o marcador de páginas destacando um trecho em especial …

“… porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas. Então Jesus fez a seguinte comparação: – Havia um homem rico, cujas terras deram uma grande colheita. Então ele começou a pensar: Eu não tenho lugar para guardar todas estas colheitas. O que é que vou fazer? Ah! Já sei – disse para si mesmo. – Vou derrubar os meus depósitos de cereais e construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas colheitas junto com tudo o que tenho. Então direi a mim mesmo: “Homem feliz! Você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se!” Mas Deus lhe disse: “Seu tolo! Esta noite você vai morrer, e quem ficará com tudo o que você guardou?”. Jesus concluiu: – Isso é o que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas não são ricos diante de Deus.”
Bíblia, livro de Lucas, capítulo 12, versos 15 a 21Quando seus olhos terminaram de correr o texto, uma luz acendeu-se em sua mente e um sentimento de alegria penetrou em seu ser. “Está aqui minha resposta! Sempre esteve aqui!”, disse com tremenda euforia.

O homem mudou suas prioridades de vida. Sua primeira decisão foi entregar-se totalmente a Deus, para que a liderança de seu dia a dia, e de tudo mais que o envolvesse, estivesse totalmente nas mãos dele. Um pacto de vida! Em segundo lugar, decidiu “remar contra a maré” da sociedade e não correr atrás das riquezas mas ser rico diante de Deus, seus atos, seu trabalho, sua vida!

E em terceiro lugar decidiu curtir o feriado do dia de trabalho com uma companhia muito mais significativa. Decidiu conhecer mais os princípios de vida que o novo amigo, Jesus, havia deixado para ele.

Trabalho é muito bom… Possuir um mínimo de condições para uma vida com conforto, melhor ainda. Mas o relacionamento com Deus é algo que define e mantém o nosso coração a uma distância segura de tudo o que nos prejudica e nos faz aceitar a ilusão de que ter e ser andam juntos em qualquer lugar do mundo!

Um abraço e um bom Dia do Trabalho!