Numa relação conjugal ou no relacionamento pais e filhos, vários fatores podem minar a estrutura do casamento e da comunicação na família. Estudos apontam que os fatores que contribuem para desgaste de um relacionamento no contexto do casamento e da família são as palavras ditas impensadamente, atitudes ou gestos inadequados do dia-a-dia. Geralmente, uma grande crise é construída paulatinamente por estas pequenas coisas.
Sem dúvida, a crítica está enquadrada nessas pequenas coisas que prejudicam uma relação familiar. Essas criticas, vêm embaladas com frases do tipo “você nunca” ou “você sempre”. Por exemplo: “Você nunca me leva para jantar fora” ou “Você sempre chega tarde em casa“. Isto não quer dizer que devemos deixar de expressar os nossos sentimentos. O que está sendo discutido é a maneira de verbalizá-los. Podemos nos queixar de uma determinada atitude do cônjuge ou dos filhos, mas criticá-los se torna perigoso e tremendamente prejudicial para a harmonia familiar.
A linha divisória entre a crítica e a queixa é muito tênue. Certa vez, um marido reclamou da maneira com que a esposa se expressava em relação ao seu modo de vestir-se. “Você está ridículo com esta roupa!“, ela sempre dizia quando ele colocava uma camisa quadriculada com uma calça listrada. Ao dizer dessa maneira, a esposa, sem perceber, estava atingindo a pessoa do esposo. Havia em suas palavras uma crítica e não uma queixa. Ela poderia dizer: “Não gosto desta camisa sendo usada com esta calça”. Neste caso, ela estaria expressando o seu sentimento, sem atingir a pessoa do esposo. O mesmo acontece quando chamamos a atenção dos filhos. “Fico muito triste quando vejo este quarto bagunçado desta maneira”. Esta forma de dizer é muito melhor do que: “Você não tem jeito mesmo. É um bagunceiro. Veja como está este quarto!”. Na primeira frase, nos queixamos. Mas, na segunda, há uma crítica que atinge a pessoa. Enquanto a queixa é a expressão de um sentimento de angústia, raiva, descontentamento, a crítica sempre contém uma acusação. Podemos, como cônjuges e pais, expressar nossos sentimentos, sem fazer acusações à pessoa.
Portanto, estejamos atentos em nossas verbalizações quando nos sentimos descontentes e angustiados com o cônjuge ou com os filhos. Podemos expressar nosso sentimento com uma queixa sincera, sem partir para a crítica.
Para concluir, lembre-se do que diz a Bíblia:
“Uma língua suave é árvore de vida”.
Livro de Provérbios, capítulo 15 verso 4
Acho que está a ser feita uma má interpretação de conceitos.
A “CRÍTICA” é importante. Ela é bem intencionada, é construtiva, conhecemos o seu emissor, faz-nos crescer, se nós tivermos a capacidade de a saber ouvir com humildade. É é com a mesma humildade, liberdade de espírito e coerência que a devemos receber, analisar e decidir, se a devemos aceitar no sentido de nos tentarmos modificar para melhor, ou se não concordamos sabendo, com coerência, porquê e a rejeitamos, também com a mesma naturalidade.
A “CRÍTICA” é fundamental para fazer crescer pessoas e sociedades. Deve ser entendida como um aconselhamento amigo. É direta, frontal, embora ocasionalmente contundente ela é sincera, amiga, bem intencionada.
A “ACUSAÇÃO” é na sua essência, maliciosa, penalizadora, muitas vezes não frontal, mas subtil. O seu principal objetivo é denegrir o outro perante a sociedade e penalizá-lo. Não é fazê-lo crescer, melhorá-lo.
A “QUEIXA” é simplesmente um pedido de atenção para connosco, quando simultaneamente se denuncia uma atitude incorreta por parte do outro.
O objetivo da queixa, não é melhorar o outro, não é penalizar o outro mas sim obtermos um benefício para nós.
Penso que esta é uma definição bem restrita da palavra “critica”. A mensagem é boa e importante, não obstante, da uma conotação absolutamente negativa ao termo. Acho que minha “critica” lançou mão de seus ensinamentos sem, no entanto, constituir uma ofensa pessoal.
Mas uma pergunta: Se são pequenas coisas que minam as relações afetivas, tambem, é possivel crer, que sua construção ou reconstrução é feita por pequenos gestos, não sendo possivel inumerá-los, neste caso, devo considerar este texto como uma dica, ou como uma receita?
Muito boa e esclarecedora, esta mensagem. Meu filho só me mostra as provas/testes que tira notas boas. Tento encorajá-lo a mostrar também as notas ruins. Talvez eu tenha que mudar a forma de falar. Vou experimentar, agora neste final de 2º bimestre.
Olá meu nome é Lion, seu texto foi muito significante para mim no sentido da diferença destas 2 palavrinhas tão semelhantes, já que eu jamais havia pensado de tal maneira quando minha mãe vinha a reclamar a causa de eu não haver arrumado meu quarto ou por eu ser a causa do meu quarto não estar arrumado. Acho que peguei a diferença, não?
Grato Lion.
Muito legal esses toques …